terça-feira, 7 de dezembro de 2010

“Expedição Via Láctea” é apresentada na Feileite, no caminho da qualidade do leite

por Pamela Peruzzi
É com clima de inovação que acontecerá a apresentação, durante esta quinta-feira na Feileite 2010, da “Expedição Via Láctea”,

A “Expedição Via Láctea” é um projeto ITINERANTE que irá percorrer 51 regiões em 6 estados brasileiros, com o propósito de difundir e compartilhar conhecimentos sobre as questões relacionadas à qualidade do leite.
Pâmela divulgando a Expedição Via Láctea

Através de eventos, palestras e apresentações o projeto procura sensibilizar produtores e consumidores sobre a importância da qualidade do leite e os impactos socioeconômicos decorrentes desse fator, além de realizar coletas e análises de leite, para comparar resultados atuais com os novos indicadores da IN 51 que passa vigora a partir de 2011.

As principais regiões de produção do leite serão visitadas (RS, SC, PR, SP, MG e GO), 51 cidades serão percorridas, 510 produtores beneficiados com as análises do leite realizados pelos laboratórios móveis, somando um total de 5.100 pessoas beneficiadas com os eventos.

Laboratórios Móveis Itinerantes
A “Expedição Via Láctea” é acompanhado pela “Vaca Móvel”, já conhecida pelo público e, principalmente, pelos produtores que receberam a visita do laboratório móvel, e podem testemunhar os resultados positivos e melhorias de produção alcançados após a participação no programa.

Tudo isso pode ser visto ao vivo pelos interessados, que ainda podem conversar com os responsáveis pelo projeto. Basta visitar a Feileite, que vai até o próximo sábado, 11/11, e ir até o estande do IBSpec (117 – ao lado da segunda pista de julgamento).

Mais informações:
Pamela Peruzzi
Assessoria de Imprensa

Feileite 2010
Centro de Exposição Imigrantes - Rod Imigrantes km 130
Tel: (011) 3345 2033

Conhecimento Evangélico leva ao Espiritismo

por Sueli de Oliveira

Reencarnada em berço protestante, Dona Zildéa Aldrovandi é um nome que soa muito familiar para quem é espírita em Piracicaba e região. A participação dela no meio espírita já completou 5 décadas, com seu recente aniversário de 80 anos. Entretanto, essa religião ainda  causa grande estranhamento a muitos.

Todavia, não pense que foram perdidos os 30 anos que ela passou no protestantismo, pois este muito lhe acrescentou. Aliás, foi justamente um desses conhecimentos que a levou ao Espiritismo.

Logo que se casou e foi viver em Curitiba, Dona Zildéa conheceu um chefe de bombeiros que era amigo de seu marido. Ele era espírita e conversava muito com a nossa questionadora, que passou a obter respostas para suas dúvidas sobre a Bíblia.

Entende-se por salvação a transformação moral, exatamente o objetivo da Doutrina Espírita.

No Novo Testamento, em uma das Cartas de Paulo, podemos ler que seremos salvos pela fé, e que se acreditarmos em Jesus, nosso salvador, seremos salvos do inferno. No entanto, isso não convencia a pensadora.

Em busca de explicações para a vida, ela passou a ler Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, fazendo com que a dúvida sobre a interpretação anteriormente questionada desaparecesse. O Espiritismo prega que a fé é raciocinada e que Jesus é nosso salvador, mas ele veio nos mostrar o caminho. Não basta ficarmos de braços cruzados esperando, precisamos fazer uma reforma íntima constante, o que consequentemente nos levará a elevação moral. 


A atuação de Dona Zildéa no Espiritismo teve início em 1962, no Centro Espírita União Espírita. Entre uma atividade e outra, como tinha muita facilidade para falar em público, logo começou a dar palestras. Atividade na qual o conhecimento bíblico adquirido nos tempos de evangélica muito a ajudou.

Logo foi convidada a fazer parte da diretoria da USE Piracicada (União das Sociedades Espíritas), em seguida foi para o Departamento do Livro da USE e também passou a promover a feira do livro em praça pública.

Atualmente, ocupa o cargo de vice-presidente do centro espírita Urubatão, localizado à rua Fernado Febeliano da Costa. Também desenvolve as atividades de palestrante, orientadora no Coem (Curso de Orientação Mediúnica), curso básico em Espiritismo e grupo de estudos das obras básicas.

Nas horas vagas, Dona Zildéa aprecia música clássica e aproveita para adquirir mais conhecimento com leituras diversificadas e sadias.

Algumas dificuldades são encontradas pela divulgadora da doutrina espírita: melindres entre os trabalhadores do meio espírita e críticas por leigos que não compreendem a filosofia. Obstáculos para divulgação das obras básicas do espiritismo.

Entretanto, está crescendo o número de bons expositores. Após o filme de Chico Xavier, muitos espíritas “saíram do armário”, e com o filme Nosso Lar os centros espíritas precisaram comprar mais cadeiras. Há também casos que inspiram bom ânimo para os adeptos dessa doutrina como, por exemplo, do Presidiário de Itapetininga – Douglas – que recebeu de um  funcionário o Evangelho Segundo o Espiritismo, no qual constava os endereços dos centros espíritas. Como Douglas muito apreciou o evangelho, ele escreveu uma carta para o centro pedindo mais livros. Tarefa que dona Zildéa desempenhou habilmente enviando para o presídio uma caixa de obras sobre os assunto.

A profissão de bibliotecária a qual dona Zildéa desempenhou por 30 anos a ajudou angariar muito conhecimento em diversas áreas. E tanto conhecimento encontra excelente aproveitamento quando a memória é ativa. Quem a conhece sabe que não há exageros na nota.  A dona de tanto conhecimento encontrou no Espiritismo a coerência tão buscada até então.

Geronto o quê?

por Adriana Patrício

Há previsões de que, em 2025, o Brasil seja o 6º país com o maior número de idosos e, em 2050, estima-se que o mundo terá 2 bilhões de idosos e dois terços deles estarão em países em desenvolvimento. Com base nesses dados, o envelhecimento humano, um fenômeno mundial e irreversível, passou a ser estudado de uma maneira bastante específica por meio do curso de Gerontologia, oferecido somente pela USP, UFSCar e FAI-SP. A primeira turma da USP se formou em 2008.

Afinal, o que faz um gerontólogo? Segundo o Guia do Estudante, o bacharel em Gerontologia cria, planeja e organiza projetos que visam ao bem-estar do idoso em seus aspectos psicológico, físico e social. Trata-se de um profissional de formação generalista, capacitado para atuar na gestão da velhice saudável e da velhice fragilizada, pautado em princípios éticos e em informações científicas sobre a saúde do idoso. Além de prever e dimensionar os problemas, ele assiste as pessoas da terceira idade, atuando também no combate ao preconceito e a atos considerados inapropriados de famílias e organizações assistenciais. Também é habilitado para trabalhar com grupos específicos que necessitam de cuidados especiais, como os portadores de problemas mentais, moradores de rua, imigrantes e idosos que vivem sozinhos. Com base em seus conhecimentos, esse profissional serve como elo entre os médicos especialistas em Gerontologia e os que atuam na atenção básica.

Apoiada pela ideia de que o "país está envelhecendo", Mayne Patricio Malagutti, 22 anos, viu na Gerontologia a união de todos os assuntos que lhe interessavam: envelhecimento humano, biologia, psicologia e questões sociais. Na época do vestibular, em 2005, Mayne estava em dúvida sobre qual profissão escolher. “Sempre gostei de biologia, estudos sobre relações humanas e aspectos psicológicos, mas não tinha certeza sobre qual área seguir”. Ao ler o manual da Fuvest (USP), ela se deparou com o curso de Graduação em Gerontologia e resolveu arriscar.

Questionada sobre as expectativas com relação ao curso escolhido, Mayne diz que quase todos os textos que abordam a temática do envelhecimento começam trazendo a mudança demográfica que está ocorrendo no Brasil, acarretando num número maior de idosos. Os mesmos textos deixam claro que a preocupação com o envelhecimento populacional deveria ganhar maior destaque, havendo maior número de profissionais e estudiosos na área. Isso a levou a acreditar que o gerontólogo seria bem aceito no mercado, tanto em equipamentos de saúde como em equipamentos sociais. Entretanto, isso não está ocorrendo. A falta de divulgação do curso faz com que esse profissional não seja reconhecido. “A inserção do gerontólogo não está sendo fácil, mas meus professores (psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas) sempre diziam que quando eles começaram, o preconceito era igual. Acredito que leva um tempo mesmo para ganhar espaço”, diz a recém-graduada em Gerontologia.
Adriana nos explicando o que
é essa tal de Gerontologia

Com boas recordações da faculdade, a gerontóloga declara que, além das grandes amizades, sente falta do contato com as pessoas idosas. Ela costumava participar de oficinas para idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da própria faculdade e todo semestre realizava estágio prático em alguma instituição que trabalhava com idosos. “Aprendia muito com os mais velhos”, diz Mayne.

Ao falar do futuro, a ex-estudante da USP não hesita em demonstrar o orgulho pela sua escolha profissional: “acredito muito na minha profissão, principalmente por ter passado por diversos estágios e ter identificado a necessidade de um gerontólogo nos locais que passei. Não perco a esperança. Tenho certeza de que um dia o gerontólogo será reconhecido”.



O curso

O currículo é dividido em áreas temáticas, como biológicas e sociais, fundamentos para atuação na área de saúde, assistência ao idoso e administração relacionada a programas e serviços de saúde. Assim, você estuda disciplinas como psicogerontologia, psicologia, epidemiologia, bioestatística e biologia do envelhecimento. Também compõem a grade curricular o cuidado gerontológico, o idoso na família e na comunidade, a assistência ao idoso hospitalizado, a alimentação e nutrição do idoso, a assistência domiciliar e políticas e programas de saúde do idoso. No último ano, é exigida a realização de estágios.
Duração média: quatro anos.

O que você pode fazer

Apoio familiar

Atuar no aconselhamento e orientação psicológica de familiares visando a aumentar a qualidade de vida dos idosos.

Capacitação
Preparar cuidadores de idosos – ocupação reconhecida pelo Código Brasileiro de Ocupações.

Planejamento

Planejar, promover e coordenar ações para informar a população sobre os cuidados específicos com os idosos. Propor projetos para solucionar os problemas da terceira idade, levando em conta as principais doenças que a acometem e os fatores sociopolíticos e culturais.

Docência e pesquisa
Orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e práticas.

Salário inicial

R$ 1.300,00 (20 horas semanais); R$ 2.600,00 (40 horas semanais); Fonte: Associação Brasileira de Gerontologia.

Fontes: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/saude/gerontologia-601800.shtml

http://each.uspnet.usp.br/each/download/cursos/GER.pdf

Pedro e Isadora


por Adriana Patrício

Adriana descrevendo a história de Isadora, aquela que
 se desprendeu de mesinhas e de Pedros...
Três anos. Pedro e Isadora estavam juntos há três anos. Ela, que sempre fora romântica, nunca tinha recebido flores. Talvez um dia, no primeiro ano de namoro, quando ele bebeu demais e se esqueceu de buscá-la na rodoviária. Duas horas depois, apareceu com uma única flor e uma ressaca moral maior que o buraco no estômago de tanto vomitar. Isadora, com os olhos vermelhos, sorriu e perdoou. Podia parecer que não, mas Pedro amava Isadora. Ele nunca havia dito, mas sentia. E Isadora, apesar de ter estranhado a mudez de Pedro, aprendeu a conviver com o silêncio. Aprendeu a viver com o suposto desamor que rondava o relacionamento deles. Pedro trabalhava bastante, estava sempre envolto aos negócios. Dizia que queria comprar uma casa. Ele só se esquecia de mencionar o “para nós”. Com o tempo, Isadora também passou a planejar sua vida sozinha. A diferença é que ele agia de uma maneira despretensiosa, ela passou a fazer tudo premeditado. Pedro tinha outros passatempos, com nomes, curvas e histórias. Isadora desconfiava, até que um dia comprovou. Perdoou. Isadora nunca sofreu por Pedro, sempre fora muito tranquila. Ela também tinha onde se divertir, mas era feliz consigo mesma. Isadora não fazia nada por vingança. Aprendera que ser vingativo faz mal à saúde. Pedro passou a ser um móvel na vida de Isadora. Pedro era a mesinha do computador de Isadora. Ele precisava estar lá, embora não fosse completamente fundamental. Isadora acostumou-se com aquela mesinha e ainda não tinha vontade de se desfazer dela. Pedro parecia não enxergar Isadora às vezes, só queria saber de si. Assim, era comum o cenário: na mesma casa, ela lia um livro na sala, enquanto ele cozinhava, como se ninguém estivesse em casa. Isadora sentia falta do amor. De declarações, de sentimento. Mas não tinha tempo para essas coisas. Pedro nunca se esforçara para manter Isadora em sua vida, era tão seguro de si que ficou indignado quando, brincando, perguntou a Isadora se ela já o havia traído. “Sim”. Com quem? “Você não conhece”. Ficou dois dias mais mudo que o normal, mas nunca cobrou nada de Isadora. Naquela manhã, Isadora saiu cedo para trabalhar. Pedro continuava dormindo. Depois de muito tempo sem esse hábito, ela deu um beijo de despedida e saiu. Ele nem notou. Isadora não voltou. Pedro só notou quando foi dormir e não encontrou Isadora do lado da cama. Teve uma leve preocupação e esperou um pouco para ligar. Ela não atendeu.


Isadora estava em casa. Em sua casa.


Com o passar do tempo, providenciou sua própria vida. Aos poucos, ela foi levando suas coisas do apartamento que morava com Pedro para o seu novo apartamento. Pedro nunca notou. Além de tudo que comprou para o novo lar, a última aquisição de Isadora foi um notebook. Assim nunca mais precisaria de uma mesinha.

Totens interativos ajudam a evitar 'programa de índio'

Doze terminais com informações turísticas de Piracicaba serão instalados na cidade

por Érico San Juan


Foi-se o tempo em que as colunas ficavam mais arqueadas por causa da consulta a listas telefônicas de milhares de páginas. Em várias cidades turísticas do Brasil, basta uma dedada num mapa em tela de computador de locais públicos, e o interessado fica sabendo em quais lugares comer, beber e se divertir em cidades turísticas. Piracicaba acaba de receber esses terminais que pretendem substituir as listas telefônicas, também chamados de totens. O nome do serviço interativo de terminais é tão fácil de decorar quanto uma onomatopeia de história em quadrinhos: Zoom.

O anúncio da chegada dos terminais a Piracicaba foi feito numa entrevista coletiva no Spazio di Fatto, local que abriga convenções, festas e eventos variados. No hall, mesas de quitutes, seguranças engravatados abriam passagem ao pequeno auditório. A assessoria de imprensa, junto dos responsáveis pelo projeto Zoom, esperava os jornalistas convidados para a coletiva, mas recebeu primeiro os estudantes do curso de redação Jornalística do Senac.

TOQUE. Fernando Gibotti, diretor da Gsu4, empresa do GS Groups responsável pelo Zoom Piracicaba, disse que a ideia nasceu de uma visita feita a uma exposição de arte naïf (“No exterior!”, como o empresário faz questão de frisar). Ele, que trabalhou na Google Maps, percebeu que as pessoas “não entendem mapas”. E que já havia uma tradição de "mapas ilustrados “ desde a década de 60 em algumas cidades brasileiras como Curitiba e São Pedro.

Fernando e o Zoom: toque na tela para
evitar programa de índio 
A percepção de eficiência dos mapas desenhados de forma mais simples e bem-humorada rendeu um trabalho parecido nos terminais da Zoom. Ao primeiro toque na tela do computador, no lugar escolhido pelo turista, o endereço desenhado se aproxima. Ao segundo toque, o mapa sai de cena e dá lugar a fotos, endereço e outras informações sobre o lugar que se deseja visitar.

Outra característica dos terminais interativos é a impressão das informações acessadas pelo usuário, em papéis semelhantes a extratos bancários. Mas os turistas terão que esperar um pouco pelo serviço,  mais precisamente até abril de 2011. Por enquanto, os terminais da Zoom Piracicaba serão instalados em doze pontos estratégicos de Piracicaba, entre os quais o Engenho Central, Museu da Água e terminais de ônibus municipais e interestaduais. O conteúdo dos totens também está na internet, no site www.zoompiracicaba.com.br.

Florespi abre inscrições para curso sustentável

por Ana Carolina Miotto

Para quem gosta de ajudar o meio ambiente, mas não sabe como, aí vai uma boa dica. A Florespi (Associação de Recuperação Florestal), organização social de interesse público de Piracicaba, está com as inscrições abertas para o curso teórico e prático de construções sustentáveis, que acontecem nos dias 10 a 19 de Dezembro. São 30 vagas para cursar os seis dias de palestras e vivências práticas sobre sustentabilidade. 


De acordo com a assessora de impressa Alessandra Morgado, no curso serão abordados temas sustentáveis como o slow food e praticadas atividades como camping e yoga. Nos dias 10 a 13 de Dezembro, o curso tratará sobre construções com taipa de pilão e bambu. Dos dias 18 a 19, o tema será a construção do telhado verde. No final do curso, os alunos ganharão um certificado.

A Florespi é uma organização não governamental cujo objetivo é recuperar áreas desmatadas, gerar renda em comunidades e promover a sustentabilidade. Desde sua criação , ela já plantou cerca de 5 milhões de árvores.

A taxa de inscrição é de R$ 500, incluindo matrícula, alimentação e espaço para camping. Quem quiser se inscrever deve mandar um email para cursos@floresp.org.br. Para mais informações, entre em contado com a Florespi pelo site www.florespi.org.br ou pelo telefone 34342328. O curso acontece no viveiro da ONG, no bairro Godinhos. A Florespi fica na rua Tiradentes, 1.139, no centro de Piracicaba.

Lula volta atrás no G20 e pede desculpas aos “brancos de olhos azuis”

por Érico San Juan

Érico: aquele dos olhos azuis...
O presidente Luis Inácio Lula da Silva pediu desculpas por uma declaração feita no dia anterior, a respeito da suposta dominação dos países pobres pelos “brancos de olhos azuis”. A declaração foi feita durante jantar promovido pelo G20 ao líderes da América Latina, no encerramento desta quinta-feira.

Acompanhado da presidente eleita Dilma Rousseff e do Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, Lula ressaltou que sua declaração foi interpretada de uma maneira “equivocada”, principalmente pela imprensa inglesa, mas que respeita todos os países que promovam a integração social e econômica entre os povos, independente de raça, credo ou origem. “Com minha origem pobre e operária, eu fui um dos raros que conseguiu chegar à presidência de um país. Mas isso não seria possível  sem o voto de brancos, negros, pobres, ricos, homens e mulheres”, declarou Lula.

O Ministro Celso Amorim afirmou a convicção do governo brasileiro em reforçar a cooperação entre todos os países. “O que não podemos é deixar que os países ricos façam o que queiram em proveito próprio, sem pensar no progresso de países emergentes que já ocupam um papel de destaque no mundo”, afirmou o ministro.

Já a presidente eleita Dilma Rousseff relembrou sua origem húngara, afirmando que a imigração de seus pais ao Brasil, bem como a de imigrantes de outros países, só ajudou na construção de uma pátria mais desenvolvida. “O preconceito contra etnias é algo a ser combatido, e tenho absoluta certeza que o povo brasileiro usa de bom senso para lidar com essa questão”.

Lula aproveitou a ocasião para responder a respeito do comediante Tiririca, deputado mais votado do estado de São Paulo em 2010. Questionado se o humorista seria um bom deputado apesar de seu suposto analfabetismo, o presidente defendeu: “Tiririca é um idadão que usou do humor para ajudar o povo brasileiro do seu jeito. Agora, em Brasília, vai usar de sua sensiblidade de artista para ajudar o povo de outro jeito. A rejeição ao nome dele, sim, é puro preconceito”.