por Adriana Patrício
Há previsões de que, em 2025, o Brasil seja o 6º país com o maior número de idosos e, em 2050, estima-se que o mundo terá 2 bilhões de idosos e dois terços deles estarão em países em desenvolvimento. Com base nesses dados, o envelhecimento humano, um fenômeno mundial e irreversível, passou a ser estudado de uma maneira bastante específica por meio do curso de Gerontologia, oferecido somente pela USP, UFSCar e FAI-SP. A primeira turma da USP se formou em 2008.
Afinal, o que faz um gerontólogo? Segundo o Guia do Estudante, o bacharel em Gerontologia cria, planeja e organiza projetos que visam ao bem-estar do idoso em seus aspectos psicológico, físico e social. Trata-se de um profissional de formação generalista, capacitado para atuar na gestão da velhice saudável e da velhice fragilizada, pautado em princípios éticos e em informações científicas sobre a saúde do idoso. Além de prever e dimensionar os problemas, ele assiste as pessoas da terceira idade, atuando também no combate ao preconceito e a atos considerados inapropriados de famílias e organizações assistenciais. Também é habilitado para trabalhar com grupos específicos que necessitam de cuidados especiais, como os portadores de problemas mentais, moradores de rua, imigrantes e idosos que vivem sozinhos. Com base em seus conhecimentos, esse profissional serve como elo entre os médicos especialistas em Gerontologia e os que atuam na atenção básica.
Apoiada pela ideia de que o "país está envelhecendo", Mayne Patricio Malagutti, 22 anos, viu na Gerontologia a união de todos os assuntos que lhe interessavam: envelhecimento humano, biologia, psicologia e questões sociais. Na época do vestibular, em 2005, Mayne estava em dúvida sobre qual profissão escolher. “Sempre gostei de biologia, estudos sobre relações humanas e aspectos psicológicos, mas não tinha certeza sobre qual área seguir”. Ao ler o manual da Fuvest (USP), ela se deparou com o curso de Graduação em Gerontologia e resolveu arriscar.
Questionada sobre as expectativas com relação ao curso escolhido, Mayne diz que quase todos os textos que abordam a temática do envelhecimento começam trazendo a mudança demográfica que está ocorrendo no Brasil, acarretando num número maior de idosos. Os mesmos textos deixam claro que a preocupação com o envelhecimento populacional deveria ganhar maior destaque, havendo maior número de profissionais e estudiosos na área. Isso a levou a acreditar que o gerontólogo seria bem aceito no mercado, tanto em equipamentos de saúde como em equipamentos sociais. Entretanto, isso não está ocorrendo. A falta de divulgação do curso faz com que esse profissional não seja reconhecido. “A inserção do gerontólogo não está sendo fácil, mas meus professores (psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas) sempre diziam que quando eles começaram, o preconceito era igual. Acredito que leva um tempo mesmo para ganhar espaço”, diz a recém-graduada em Gerontologia.
Com boas recordações da faculdade, a gerontóloga declara que, além das grandes amizades, sente falta do contato com as pessoas idosas. Ela costumava participar de oficinas para idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da própria faculdade e todo semestre realizava estágio prático em alguma instituição que trabalhava com idosos. “Aprendia muito com os mais velhos”, diz Mayne.
Ao falar do futuro, a ex-estudante da USP não hesita em demonstrar o orgulho pela sua escolha profissional: “acredito muito na minha profissão, principalmente por ter passado por diversos estágios e ter identificado a necessidade de um gerontólogo nos locais que passei. Não perco a esperança. Tenho certeza de que um dia o gerontólogo será reconhecido”.
O curso
O currículo é dividido em áreas temáticas, como biológicas e sociais, fundamentos para atuação na área de saúde, assistência ao idoso e administração relacionada a programas e serviços de saúde. Assim, você estuda disciplinas como psicogerontologia, psicologia, epidemiologia, bioestatística e biologia do envelhecimento. Também compõem a grade curricular o cuidado gerontológico, o idoso na família e na comunidade, a assistência ao idoso hospitalizado, a alimentação e nutrição do idoso, a assistência domiciliar e políticas e programas de saúde do idoso. No último ano, é exigida a realização de estágios.
Duração média: quatro anos.
O que você pode fazer
Apoio familiar
Atuar no aconselhamento e orientação psicológica de familiares visando a aumentar a qualidade de vida dos idosos.
Capacitação
Preparar cuidadores de idosos – ocupação reconhecida pelo Código Brasileiro de Ocupações.
Planejamento
Planejar, promover e coordenar ações para informar a população sobre os cuidados específicos com os idosos. Propor projetos para solucionar os problemas da terceira idade, levando em conta as principais doenças que a acometem e os fatores sociopolíticos e culturais.
Docência e pesquisa
Orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e práticas.
Salário inicial
R$ 1.300,00 (20 horas semanais); R$ 2.600,00 (40 horas semanais); Fonte: Associação Brasileira de Gerontologia.
Fontes: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/saude/gerontologia-601800.shtml
http://each.uspnet.usp.br/each/download/cursos/GER.pdf
Afinal, o que faz um gerontólogo? Segundo o Guia do Estudante, o bacharel em Gerontologia cria, planeja e organiza projetos que visam ao bem-estar do idoso em seus aspectos psicológico, físico e social. Trata-se de um profissional de formação generalista, capacitado para atuar na gestão da velhice saudável e da velhice fragilizada, pautado em princípios éticos e em informações científicas sobre a saúde do idoso. Além de prever e dimensionar os problemas, ele assiste as pessoas da terceira idade, atuando também no combate ao preconceito e a atos considerados inapropriados de famílias e organizações assistenciais. Também é habilitado para trabalhar com grupos específicos que necessitam de cuidados especiais, como os portadores de problemas mentais, moradores de rua, imigrantes e idosos que vivem sozinhos. Com base em seus conhecimentos, esse profissional serve como elo entre os médicos especialistas em Gerontologia e os que atuam na atenção básica.
Apoiada pela ideia de que o "país está envelhecendo", Mayne Patricio Malagutti, 22 anos, viu na Gerontologia a união de todos os assuntos que lhe interessavam: envelhecimento humano, biologia, psicologia e questões sociais. Na época do vestibular, em 2005, Mayne estava em dúvida sobre qual profissão escolher. “Sempre gostei de biologia, estudos sobre relações humanas e aspectos psicológicos, mas não tinha certeza sobre qual área seguir”. Ao ler o manual da Fuvest (USP), ela se deparou com o curso de Graduação em Gerontologia e resolveu arriscar.
Questionada sobre as expectativas com relação ao curso escolhido, Mayne diz que quase todos os textos que abordam a temática do envelhecimento começam trazendo a mudança demográfica que está ocorrendo no Brasil, acarretando num número maior de idosos. Os mesmos textos deixam claro que a preocupação com o envelhecimento populacional deveria ganhar maior destaque, havendo maior número de profissionais e estudiosos na área. Isso a levou a acreditar que o gerontólogo seria bem aceito no mercado, tanto em equipamentos de saúde como em equipamentos sociais. Entretanto, isso não está ocorrendo. A falta de divulgação do curso faz com que esse profissional não seja reconhecido. “A inserção do gerontólogo não está sendo fácil, mas meus professores (psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas) sempre diziam que quando eles começaram, o preconceito era igual. Acredito que leva um tempo mesmo para ganhar espaço”, diz a recém-graduada em Gerontologia.
Adriana nos explicando o que é essa tal de Gerontologia |
Com boas recordações da faculdade, a gerontóloga declara que, além das grandes amizades, sente falta do contato com as pessoas idosas. Ela costumava participar de oficinas para idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da própria faculdade e todo semestre realizava estágio prático em alguma instituição que trabalhava com idosos. “Aprendia muito com os mais velhos”, diz Mayne.
Ao falar do futuro, a ex-estudante da USP não hesita em demonstrar o orgulho pela sua escolha profissional: “acredito muito na minha profissão, principalmente por ter passado por diversos estágios e ter identificado a necessidade de um gerontólogo nos locais que passei. Não perco a esperança. Tenho certeza de que um dia o gerontólogo será reconhecido”.
O curso
O currículo é dividido em áreas temáticas, como biológicas e sociais, fundamentos para atuação na área de saúde, assistência ao idoso e administração relacionada a programas e serviços de saúde. Assim, você estuda disciplinas como psicogerontologia, psicologia, epidemiologia, bioestatística e biologia do envelhecimento. Também compõem a grade curricular o cuidado gerontológico, o idoso na família e na comunidade, a assistência ao idoso hospitalizado, a alimentação e nutrição do idoso, a assistência domiciliar e políticas e programas de saúde do idoso. No último ano, é exigida a realização de estágios.
Duração média: quatro anos.
O que você pode fazer
Apoio familiar
Atuar no aconselhamento e orientação psicológica de familiares visando a aumentar a qualidade de vida dos idosos.
Capacitação
Preparar cuidadores de idosos – ocupação reconhecida pelo Código Brasileiro de Ocupações.
Planejamento
Planejar, promover e coordenar ações para informar a população sobre os cuidados específicos com os idosos. Propor projetos para solucionar os problemas da terceira idade, levando em conta as principais doenças que a acometem e os fatores sociopolíticos e culturais.
Docência e pesquisa
Orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e práticas.
Salário inicial
R$ 1.300,00 (20 horas semanais); R$ 2.600,00 (40 horas semanais); Fonte: Associação Brasileira de Gerontologia.
Fontes: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/saude/gerontologia-601800.shtml
http://each.uspnet.usp.br/each/download/cursos/GER.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário